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Umidade do ar atinge nível crítico no Piauí


]A umidade do ar registrada em Teresina nos últimos dias tem sido de 17%, índice abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 30%. Nas cidades do Interior do Piauí, a situação é ainda pior, especialmente na região Sul do Estado, onde a umidade do ar já alcançou índices de 15% durante os horários de pico e a tendência é que a situação se agrave nos próximos dois meses, quando a previsão é de mais calor. Além do desconforto, este cenário ainda acarreta uma série de doenças na população, especialmente em idosos e crianças.
Ressecamento da boca e do nariz, doenças respiratórias, cardiovasculares e até a desidratação são alguns problemas acarretados pela baixa umidade do ar, que nada mais é do que a quantidade de água presente na atmosfera. Assim como tem acontecido com a temperatura - que desde o início do mês já é similar ao período mais quente do ano - os baixos índices de umidade do ar também já são uma realidade antecipada em todo o Piauí, especialmente nas cidades da região Sul. Em Caracol, Uruçuí, Canto do Buriti, por exemplo, já foram registrados índices de até 14%, menos da metade do recomendado pela OMS.
"Os horários críticos deste problema são entre 15h e 16h30, pois é quando há maior incidência de sol. Para piorar a situação, quase todo o Piauí está com poucas nuvens e a radiação passa sem qualquer interferência", explica a meteorologista da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semar), Sônia Feitosa. Segundo ele, este cenário deve permanecer sem alterações, pelo menos até o início de outubro.
Ainda de acordo com a meteorologista, uma massa de ar seco está sob o Piauí e abrange quase todas as cidades, contribuindo para as altas temperaturas e baixa umidade. Na capital, por exemplo, aonde os níveis de umidade já chegaram a 17% nos últimos dias, a temperatura média tem ficado em torno de 37°.
Sem perspectivas de mudanças climáticas, os médicos orientam a população quanto às medidas que podem amenizar os efeitos da baixa umidade. Um dos sistemas que mais sofrem com esta situação é o respiratório, já que além do ressecamento, a baixa umidade pode acarretar faringite, sinusite e até asma. Outro risco é de desidratação, que quase sempre vem acompanhada por diarreia e vômitos.
"É preciso tomar bastante líquido. Os cuidados devem ser redobrados com idosos e crianças, pois são grupos mais propensos à desidratação. É preciso estar sempre oferecendo pequenas quantidades de água ou suco, mesmo que eles não peçam", diz Flávio Santos, otorrinolaringologista. Passar panos umedecidos no ambiente também pode amenizar o problema.
Algumas pessoas também estão comprando umidificadores, já comuns no comércio, e usam em casa.







fonte:jornalistas292