Ministério da Fazenda confirma ilegalidades no Detran-PI
Tabelamento de preços de autoescolas pelo Detran é alvo de investigações.
Após abertura de processo
administrativo, o Ministério da Fazenda confirmou que há ilegalidades na
portaria do Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran-PI) que
fixa os preços das autoescolas no estado.
Em nota técnica, a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério, diz que a portaria é ilegal e
inconstitucional, já que não há qualquer previsão legal para sua
fixação.
Segundo o Procon-PI, que requisitiu a apuração, o Ministério entendeu que o tabelamento de preços "é um
inquestionável prejuízo para os consumidores, por inexistir
concorrência entre as autoescolas". A solução para manutenção da qualidade
dos cursos de formação de condutores, segundo o Ministério, seria a livre
concorrência de mercado.
Para o Ministério, os instrumentos utilizados pelo Detran, além de ilegais, estão fundamentados
em atos normativos do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) já
revogados.
O coordenador Geral do
Procon-PI, promotor de Justiça Cleandro Moura, disse que o órgão deverá
notificar o Detran na próxima semana para revogação imediata da
portaria.
Em resposta, o diretor do Detran-PI, José Antônio Vasconcelos, explicou que só expediu a portaria porque foi procurado pelos
representantes das autoescolas para que ele tomasse alguma providência.
“Compete ao diretor geral do Detran em qualquer lugar deste país organizar o trânsito e cumprir as normas do jeito correto. Fui procurado por representantes das autoescolas e a questão do regulamentação de preços foi proposta por eles. A partir disso, pedi as planilhas de custo das autoescolas, que foram estudadas e a partir disso baixei a portaria”, justificou.
“Compete ao diretor geral do Detran em qualquer lugar deste país organizar o trânsito e cumprir as normas do jeito correto. Fui procurado por representantes das autoescolas e a questão do regulamentação de preços foi proposta por eles. A partir disso, pedi as planilhas de custo das autoescolas, que foram estudadas e a partir disso baixei a portaria”, justificou.
Fonte: AsCom