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Confira as obras paradas da UPA no Piauí

saúde do estado na UTI.

Os municípios piauienses padecem de um sério problema: saúde pública. Dentre outras necessidades, esta sem dúvidas é uma das prioridades. O que se constata é que um verdadeiro descaso. Tantos os governos municipais, como estadual e federal, ainda não conseguem atender a população como se deve.

O pior é que centenas de obras paradas são achadas no Piauí, fruto da burocracia e falta de interesse político. Quando se fala em descaso com a saúde pública, esse lugar é o Piauí. Descaso porque são milhões e milhões de reais que são destinados para o setor constantemente e o que mais se ver é irresponsabilidade por parte dos gestores.
Unidades de Pronto Atendimento (UPA) é um sistema do Governo Federal, funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana e podem resolver grande parte das urgências e emergências, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame.
O objetivo é diminuir as filas nos prontos-socorros dos hospitais e fazem parte da Política Nacional de Urgência e Emergência, lançada pelo Ministério da Saúde em 2003, que estrutura e organiza a rede de urgência e emergência no país, com o objetivo de integrar a atenção às urgências. Portanto, já tem 10 anos que o programa foi lançado e até agora, nenhuam funciona no estado.
As UPAs são divididas em três portes diferentes que variam de acordo com a população do município os os atendimento que oferecem.
Em Uruçuí, 453km de Teresina, constatou um triste fato: a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município está com as obras paradas. Iniciada ainda em 2012 pela construtora PAC, que tem sede em Teresina, custou aos cofres públicos R$ 1.047.609,63, este valor foi todo do Governo Federal. A construção que deveria ter sido concluída, ainda está longe do seu fim.
 Como é possível perceber nas imagens, a obra está parada e longe de ser concluída, só foram erguidas paredes até a metade e não há ninguém trabalhando há dias, sequer há vigias, ou materiais de construção, só vestígios de que um dia alguém esteve ali em serviço. O mato começa a tomar de conta e as chuvas já derrubaram algumas paredes. 
No município de Floriano, a obra da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), está seguindo em passos lentos. A unidade que atenderá os casos de emergência no município deveria ser inaugurada em dezembro de 2012, mas pelo visto ainda vai demorar muito.
Orçada no valor de R$ 1.494.486,14, a Upa de Floriano é de porte II, que engloba uma área de até 200.000 habitantes. Possuem 1.000 m² atendem até 300 pacientes. São necessários 4 médicos. O número de leitos pode chegar até 12.
Nesta pelo menos as obras continuam, ao contrario dos municípios de Uruçui, Oeiras e Picos, que estão totalmente paradas.
Um exemplo é a Unidade de Pronto Atendimento do município de Oeiras. A obra orçada em quase R$ 1,5 milhão, e que era pra ser um grande destaque do Governo Federal, ainda é sonho no Piauí. A obra começou em julho de 2010, era para ser concluída em 180 dias, seis meses. Quase três anos depois, nada.
Há exatamente um ano atrás o governador Wilson Martins, e na época secretária de Saúde, Lilían Martins, visitaram o município o prometeram que em abril de 2012 a unidade estaria em pleno funcionamento.
Em Picos a situação de descaso não é diferente, mas com uma grande diferença: a obra nem começou.

 Membros da Secretaria Municipal de Saúde e do Ministério da Saúde já fizeram visitas, como parte do processo de implantação e tem por objetivo avaliar o cumprimento de termos referentes à construção e funcionamento da unidade, mas até agora, nada foi feito. A UPA de Picos deve ser a de porte III, que possui entre 13 e 20 leitos de observação. População na área de abrangência de 200 mil a 300 mil habitantes.
No município de Bom Jesus a situação é semelhante. A estrutura da obra já está toda pronta. Ainda falta o acabamento e a instalação de equipamentos para que a unidade comece a funcionar, mas pelo jeito ainda vai demorar muito até a inauguração.
Além destas unidades citadas, Parnaíba, Piripiri, São Raimundo Nonato e duas UPA’s em Teresina são aguardadas. Todas em na mesma situação: paradas. O que se espera é que a burocracia seja deixada de lado, e o interesse e necessidade da população falem mais alto. 





fonte:180graus
fotos:180graus