Água contaminada em poços leva ao registro de 900 casos de diarreia
A Regional de Saúde e a Vigilância Ambiental reprovaram a água consumida
 nos poços tubulares no município de Piripiri. Segundo as entidades, a 
água consumida está imprópria para o consumo humano.
Foi detectada  na água a contaminação 
por coliformes fecais, presentes no lençol freático do município, o que 
provocou cerca de 900 casos de diarreia registrados em apenas três meses
 no município.
A
 análise faz parte do Programa de Vigilância Ambiental sobre a Qualidade
 de Água para Consumo Humano (Vigiágua), e acontece em parceria entre a 
3ª Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e Agespisa. O 
programa prevê 436 análises este ano, destas, já foram realizadas 85 e 
apenas 28 apontaram contaminação.
De
 acordo com a coordenadora da regional, Miriane Araújo, a análise de 
rotina serve para que medidas cabíveis sejam tomadas para descontaminar a
 área. "O segundo maior motivo de internações são as doenças infecciosas
 e parasitárias. Temos uma preocupação muito grande porque as 
internações geram custo para o Estado, que poderia investir em outras 
coisas.", afirmou a coordenadora.
De
 acordo com o coordenador de Vigilância Ambiental da secretaria 
municipal de Saúde, Francisco Andrade, a contaminação por coliformes foi
 detectada em todo o lençol freático da região e pode ser proveniente da
 falta de tubulação ideal dos poços feitos pela própria população. . 
"Mesmo que seja uma contaminação mínima, precisamos fazer o levantamento
 do problema, detectar a real causa dessa contaminação", pontuou o 
coordenador.
Na
 última sexta-feira (24), a Regional realizou uma reunião com 
representantes da saúde do município e da Agespisa para traçar 
estratégias para conscientizar os moradores, comerciantes e demais 
usuários da água contaminada. Estavam presentes na reunião a 
coordenadora do departamento de vigilância em saúde do Município, Maria 
da Conceição, a coordenadora da Vigilância Sanitária do Município, 
Martinair Lustosa, o diretor regional da Agespisa, Antônio Meneses, 
coordenador de imunização do Município, Valter Filho, e Leila Andrade, 
bioquímica da 3ª regional.
Segundo
 Francisco, a secretaria de saúde municipal tem intensificado os 
trabalhos para garantir a qualidade da água consumida por estes 
moradores. Para isso, foram comprados 10 cloradores de água, para 
contribuir com o tratamento da água. A medida ideal é um mínimo de 1,5 
ppm de cloro livre na torneira e atualmente a medida é zero. "Qualquer 
sujeira, o cloro irá reagir. Estamos fazendo esse trabalho e vamos 
acompanhar de perto", concluiu o coordenador.
fonte:cidadeverde


