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INSS recupera no Piauí mais de R$ 7,5 milhões pagos a falecidos


'Procuradores' estavam recebendo aposentadoria de beneficiários mortos. 
 Parentes eram os que mais recebiam benefício irregular, diz gerente.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Piauí, recuperou mais de R$ 7,5 milhões em benefícios pagos a “procuradores” de aposentados já falecidos. Segundo a assessoria do Instituto é comum que pessoas idosas nomeiem parentes para receber o dinheiro da aposentadoria nos bancos, mas que em alguns casos, mesmo após a morte do beneficiário o procurador continua recebendo a aposentadoria irregularmente.
A recuperação desses recursos de benefícios previdenciários foi feita através de processos administrativos movidos por equipes de Monitoramento Operacional de Benefícios (MOB), mantidas pelo INSS em todas as gerências e agências da Previdência Social. Essas equipes monitoram diariamente a regularidade na concessão e manutenção das aposentadorias pagas pela Previdência.
O gerente executivo do INSS em Teresina, Carlos Augusto Viana, explica que no caso específico dos bancos, o Instituto abre o processo porque eles são responsáveis pela manutenção da conta corrente e a renovação da senha do segurado, bem como pelo bloqueio da conta no caso da constatação de morte. “Se após o óbito do segurado o banco continuar pagando o benefício em conta corrente ele terá de devolver os valores ao INSS, conforme contrato mantido entre o Instituto e os bancos”, explica o gerente.
Segundo o gerente as equipes do MOB trabalham em parceria com a Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas do Estado, além de contar com denúncias feitas pela população.
De acordo com assessoria do INSS, parentes formam a maior parte dos que continuavam recebendo o benefício após a morte do segurado e que na maioria dos casos o valor recebido mensalmente era um de salário mínimo. Já nos casos de confirmação de irregularidades, o INSS abre processo administrativo de cobrança para contar quem paga ou quem recebe indevidamente o benefício.
A assessoria também confirma que o problema também acontece devido a desonestidade de alguns procuradores e por falhas estruturais de informação. “Os cartórios demoram muito para comunicar aos bancos e ao instituto sobre o falecimento dos beneficiários”, explica o assessor Luiz Brandão.







fonte:G1piaui