Colônia do Gurguéia produzirá uva em novo perímetro irrigado
O projeto de Irrigação Hildo Diniz, no município de Colônia do Gurguéia,
a 507 quilômetros de Teresina, deve se transformar num dos maiores
produtores de frutas do Piauí, inclusive de uva, prazo máximo de dois
anos.
Com 100 hectares em sua primeira
etapa, no total serão 200 hectares irrigados, o projeto está sendo
implantado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e
Parnaíba (Codevasf), no assentamento Nossa Senhora de Fátima, criado
pelo Governo do Estado, que construiu 36 casas para os assentados.
"A
energia é o último passo para a implantação do projeto", descreve o
presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do Vale do Gurguéia,
Isaías Filho, ele próprio um dos futuros irrigantes. “Temos terra boa e
muita água, só faltava a energia, que agora está chegando”, pontua.
Além
de frutas, o projeto de irrigação também vai investir em piscicultura e
na produção de leite. Para a criação de peixes, vários tanques já estão
prontos, o maior deles com dimensões de 40x95 metros. “Esses tanques
serão utilizados tanto na irrigação como na produção de tambaqui, que é o
peixe mais aceito pelos consumidores da região”, explica o técnico
agrícola Francisco Saraiva, dono de um lote de cinco hectares no local.
Ainda
há possibilidade de que o projeto produza feijão. Uma experiência em
cinco hectares indicou que o empreendimento é viável. Foram colhidos 105
sacos do produto, com uma renda média de 1.260 quilos por hectare. “O
resultado da experiência animou os irrigantes e é provável que a área de
feijão seja ampliada”, prossegue Isaías Filho.
A
implantação do perímetro irrigado começou há mais de seis anos e,
quando em funcionamento, atenderá 30 famílias. A ideia é abastecer de
frutas toda a região do Extremo Sul e vender o excedente para o restante
do Estado. “Isso aqui vai mudar a vida das pessoas para melhor”,
assegura o sindicalista.
Para
o técnico agrícola Francisco Saraiva, o solo de Colônia do Gurguéia se
assemelha ao de São João do Piauí, onde irrigantes do assentamento
Marrecas já produzem uva em sete hectares. “De início vamos plantar seis
hectares de uva, mas a tendência é o crescimento da área e da
produção”, diz ele.
A
produção de uva exige uma combinação de solo, água e sol. Na região, o
índice pluviométrico varia entre 600 e 800 milímetros ao ano, o solo é
profundo e o sol aparece o ano inteiro. “Com esses elementos, temos como
produzir bem”, garante Saraiva. Mas eles também vão produzir melancia,
maracujá, abóbora, entre outras frutas.
fonte:cidadeverde