Artesãs itaueirenses transformam produtos recicláveis em arte
No
município de Itaueira, no sul do Piauí, mulheres estão transformando
material reciclável em arte. Em vez de ir para o lixo, produtos como
garrafas pet viram flores e arranjos. Pedaços de tecidos colhidos nos
ateliês ganham formas de bonecas nas mãos das artesãs itaueirenses.
Com essa
prática, elas protegem o meio ambiente e complementam a renda familiar. O
projeto é desenvolvido pela Secretaria de Assistência Social do
município em parceria com o Centro de Referência da Assistência Social
(CRAS).
Visando
impulsionar a produção, os órgãos supracitados realizaram no sábado (3)
uma oficina de artesanato. Participaram mães com filhos matriculados no
PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil).
“Ao
mesmo tempo em que elas estão sendo profissionalizadas, elas também
estão tendo um momento de lazer, podendo expressar a criatividade e
conquistando uma nova oportunidade de renda extra”. Declarou Josiane Lima, Secretária Municipal de Assistência Social.
O projeto está sendo desenvolvido também em comunidades rurais de Itaueira com o incentivo do CRAS Volante.
Para Kaio Campelo, representante do grupo Os Verdes do Piauí,
que tem como missão conscientizar e educar a sociedade, esse trabalho
desenvolvido no município tem implicações sociais positivas. “Além da
geração de renda proporciona uma mudança de cultura na cidade, temos o
hábito de jogar fora todo o lixo que produzimos, prejudicando, assim, o
meio ambiente. Com isso, essas mulheres estão evitando a proliferação de
doenças trazidas pelo lixo, além de deixar a cidade mais limpa e bela”,
diz.
Campelo acredita que a partir da consolidação do projeto, toda a população vai se envolver direta e indiretamente. “As
pessoas que tomarem conhecimento dessa prática vão começar a guardar as
garrafas em casa para entregar às artesãs, provocando um trabalho de
conscientização”, argumenta.
Ele destaca os benefícios trazidos pela reciclagem dos restos de tecidos produzidos pelos ateliês.
“O tecido, assim como o plástico, demora muito para se decompor.
Prejudica o solo - pois possui substancias químicas em sua composição – e
até animais, causando prejuízos financeiros. Se algum animal ingerir um
pedaço de tecido ele pode morrer por intoxicação", finaliza.
fonte:liberdadenews
