Como é feito um carro alegórico?
CARGA PESADA
O carro
é construído com um chassi de caminhão com dois ou três eixos de
rodagem. Para suportar o peso da alegoria, a estrutura é reforçada com
vigas e colunas de aço. Esse esqueletão, chamado de mesa, é coberto por
um tablado de madeira.
BLOCOS NA RUA
No caso da Gaviões da Fiel, o carro
sai para o desfile limitado pelo tamanho do barracão, com 6 m de
altura, 8 m de largura e 14 m de comprimento. Após encaixar mais de 20
peças, levadas de caminhão, o abre-alas ganha até 9 m de altura, 3 m de
largura e 5 m de comprimento em geral, esculturas são construídas com
isopor. Se a alegoria precisa ser reproduzida várias vezes, passa a ser
feita de fibra de vidro.
MAQUIAGEM COMPLETA
A alegoria é sustentada por um esqueleto de vigas de aço.O formato
final é feito, em grande parte, com madeira e isopor. Esculturas de
isopor são revestidas de papel e cola e outra camada de massa corrida ou
tecido. Pintura e decoração dão o toque final.
LUZ NA PASSARELA
A última etapa de produção do carro
é a instalação de luzes e efeitos especiais – como labaredas e canhões
de papel picado. O controle de toda essa parafernália é feita por uma
mesa de luz na parte traseira, alimentada por um gerador rebocado logo
atrás do abre-alas. Um guindaste encaixa as peças altas durante a semana
que antecede o desfile. Os destaques sobem minutos antes com
elevadorese empilhadeiras.
“ME DÊ A MÃO...”
Movimentos articulados da alegoria principal, como o bater das asas e o
giro do pescoço, são feitos manualmente. Em alguns casos, profissionais
da festa do boi, em Parintins (AM), desenvolvem os mecanismos e os
operam na hora do desfile.
AI QUE CALOR, Ô, Ô, Ô
Embora não conste no regulamento, o carro
é equipado com quatro extintores de incêndio – escondidos, mas
posicionados em locais de fácil acesso. Quando a decoração leva sapê,
palha e outros materiais inflamáveis, um líquido antichamas é aplicado
momentos antes do desfile.
PUXANDO O SAMBA
Embora seja permitido usar motores, algumas escolas aceleram no braço,
com cerca de 50 pessoas na parte de trás empurrando o abre-alas. Quando
não rola motorista – que fica escondido no meio da ferragem –, duas
pessoas controlam o carro pelo cambão desde a saída do barracão.
Cerca de 50 pessoas trabalham por até quatro meses para construir o abre-alas de uma escola de samba de primeira linha em são Paulo e Rio.