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Presos atualizam redes sociais e acessam bancos em presídios no Piauí

Casos ocorreram no pavilhão B da penitenciária Irmão Guido. As vistorias vão ser reforçadas e inquérito será aberto. 

 Denúncias dão conta de que internos do sistema prisional do Piauí estariam utilizando internet através de celulares e atualizando redes sociais em unidades penitenciárias do Estado.
A denúncia foi feita por pessoas que pediram, por questão de segurança, para não serem identificadas e confirmada pelo diretor da penitenciária Irmão Guido, Itamar Bulamarqui. Casos são registrados com maior frequência no Pavilhão B.

“A denuncia foi realmente confirmada pelo serviço interno de inteligência interno e da Secretaria Estadual de Justiça. Além de atualizar as redes sociais, alguns internos estariam até movimento contas pelo celular”, revela o gestor.

Na tentativa de inibir o uso de aparelhos telefônicos por detentos, a direção da penitenciária vai intensificar os serviços de vistoria entre os presos. Mas o diretor explica que a estrutura existente para barrar a entrada de telefônicas não é adequada. 

“A estrutura que temos hoje não é suficiente para coibir a entrada de celulares. Posso dizer que muitas pessoas estão utilizando esses aparelhos. Os nomes não vão ser revelados porque não tenho autorização ainda para isso”, explica Itamar Bulamarqui.

Sindicato dos agentes penitenciários se posiciona
O advogado Jonilson César defendeu que situações como esta acontece porque a estrutura do Estado está “sucateada”. Ele informa que há unidades prisionais que não possuem detector de metais e outras que até o possuem, mas os aparelhos encontram-se com defeito ou quebrados. Dessa forma, a vistoria de forma minuciosa acaba sendo prejudicada.

"As pessoas costumam colocar a culpa da entrada de um celular, por exemplo, no agente penitenciário, mas ao invés de crucificar, deveriam condecorá-lo com medalha de mérito pelos serviços prestados. Os agentes estão tirando dinheiro do próprio bolso para poder trabalhar. Recentemente soube de um caso que um dos servidores comprou um cadeado para colocar em uma das celas", conta.

Reação da Sejus
A Secretaria Estadual de Justiça garante que vai abrir inquérito para apurar os casos, mas que por enquanto, não comentará em detalhes as denúncias.
 
fonte:com informações do cidadeverde